quarta-feira, 6 de novembro de 2013

Região Sudeste concentra metade dos domicílios em favelas do Brasil

Região Sudeste concentra metade dos domicílios em favelas do Brasil    

A região Sudeste reúne praticamente metade dos domicílios situados nas comunidades carentes existentes em todo o país, de acordo com o LIT (Levantamento de Informações Territoriais) realizado com base no Censo Demográfico de 2010 do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), divulgado nesta quarta-feira (6). Segundo o levantamento, Rio de Janeiro, São Paulo, Minas Gerais e Espírito Santo concentram 49,8% do total de casas nestas áreas no Brasil.

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Mapa das comunidades carentes segundo o IBGE23 fotos

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Favela com acessibilidade por beco no Rio de Janeiro. De acordo com o levantamento do IBGE, as regiões metropolitanas localizadas no Estado de São Paulo e a região metropolitana do Rio concentravam metade dos domicílios com acesso predominante por becos e travessas, número equivalente a 660.667 residências no total Leia mais IBGE/Divulgação
Dos cerca de 3,2 milhões de domicílios em aglomerados subnormais --como são chamadas as favelas pelo IBGE-- contabilizados nas 27 unidades da federação, 1,6 milhão se encontram no Sudeste, que é a região mais populosa do país. O Nordeste é a segunda região com maior número de habitações em comunidades carentes, com 28,7% do total (926 mil domicílios). Em seguida, aparecem o Norte, que tem 14,4% do todo (463 mil), o Sul, com 5,3% (57 mil) e, por último, o Centro-Oeste, com apenas 1,8% (170 mil).
Segundo o LIT, a população que vive em favelas no Brasil é de 11,4 milhões de pessoas. No Sudeste, a quantidade de moradores de comunidades carentes (5,5 milhões de pessoas) representa 48,84% do total. Já no Nordeste, que tem 27,99% da população de favelas do país, 3,1 milhões pessoas moram neste tipo de área. No Norte, vivem 16,18% do total (1,8 milhão), no Sul, 5,16% (590 mil), e no Centro-Oeste, 1,8% (206 mil).

Realizado pela primeira vez pelo Censo 2010, o LIT pretende qualificar as favelas e proporcionar maior conhecimento dos aspectos espaciais dessas áreas do país. O levantamento foi feito a partir de dados coletados nos 323 municípios brasileiros que registravam a existência de favelas --quando há pelo menos 51 domicílios carentes de serviços públicos essenciais, ocupando terrenos alheios e dispostos de forma desordenada ou densa.
O estudo mostra que 52,5% das residências em favelas do país estavam localizadas em áreas predominantemente planas (1,6 milhão de domicílios), 51,8% tinham acessibilidade por ruas (1,6 milhão de domicílios) por onde era possível o tráfego de carros, 72,6% não tinham espaçamento entre si (2,3 milhões) e 64,6% tinham um andar (2,08 mihões).

Bens de consumo

O mesmo estudo, que examinou a presença de bens duráveis nos domicílios brasileiros, demonstrou que, na comparação da posse de bens entre as comunidades carentes e as demais áreas dos municípios pesquisados, há maior desigualdade quando levada em conta a posse de carro e de computador.

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Favelas pacificadas atraem gigantes do comércio6 fotos

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Clientes na inauguração da primeira loja das Casas Bahia na Rocinha, Rio de Janeiro, maior favela da América Latina, com cerca de 70 mil moradores Leia mais Divulgação
A pesquisa identificou que, enquanto apenas 17,8% das residências localizadas em comunidades carentes contam com pelo menos um automóvel, praticamente metade (48,1%) dos domicílios situados fora delas dispõe de veículo para uso particular, uma diferença de 30,3 pontos percentuais. Já o computador está presente 27,8% das residências em favelas enquanto 55,6% dos domicílios que não são localizados nestas áreas possuem o bem.

Telefone celular

O estudo constatou ainda que mais da metade dos domicílios situados nas favelas brasileiras dispõem apenas de celular para fazer ligações telefônicas. A proporção das residências em comunidades carentes onde só há telefone móvel é de 53,9%. Já em 4,5% delas existe somente telefone fixo.

  • Arte UOL Três em cada 10 moradores de comunidades carentes no Brasil ganham menos de meio salário mínimo; saiba mais sobre o perfil
A pesquisa mostra que a opção pela exclusividade do celular é 21,1 pontos percentuais menor nos domicílios localizados nas demais regiões das cidades pesquisadas: a proporção fora dos aglomerados foi inferior a um terço do total (32,8%). A presença apenas de telefone fixo, no entanto, foi de 5,8%, 1,3 ponto percentual maior do que a verificada nas comunidades carentes.

Renda

Em relação aos rendimentos, 31,6% dos moradores de favelas tinham rendimento domiciliar per capita até meio salário mínimo, ao passo que nas demais áreas o percentual era de 13,8%. Por outro lado, apenas 0,9% dos moradores de comunidades carentes tinham rendimento domiciliar per capita de mais de cinco salários mínimos, percentual que era de 11,2% nas demais áreas da cidade.
A informalidade no trabalho também era maior nos aglomerados (27,8% dos trabalhadores não tinham carteira assinada) em relação às outras áreas da cidade (20,5%).

quarta-feira, 30 de outubro de 2013

0,7% da população detém 41% da riqueza mundial


Mapa da desigualdade em 2013: 0,7% da população detém 41% da riqueza mundial. Nova pesquisa revela que PIB mundial atinge maior valor da história, mas divisão segue extremamente desigual

Cinco anos depois do início da crise econômica mundial, marcada pela quebra do banco norte-americano Lehamn Brothers, os indicadores financeiros seguem apontando para uma concentração da riqueza ao redor do globo. De acordo com o relatório “Credit Suisse 2013 Wealth Report”, um dos mapeamentos mais completos sobre o assunto divulgados recentemente, 0,7% da população concentra 41% da riqueza mundial.       
Em valor acumulado, a riqueza mundial atingiu em 2013 o recorde de todos os tempos: US$ 241 trilhões. Se este número fosse dividido proporcionalmente pela população mundial, a média da riqueza seria de US$ 51.600 por pessoa. No entanto, não é o que acontece.
A Austrália é o país com a média de riqueza melhor distribuída pela população entre as nações mais ricas do planeta. De acordo com o estudo, os australianos têm média de riqueza nacional de US$ 219 mil dólares.
Apesar de serem o país mais rico do mundo em termos de PIB (Produto Interno Bruto) e capital produzido, os EUA têm um dos maiores índices de pobreza e desigualdade do mundo. Se dividida, a riqueza dos EUA seria, em média, de mais de US$ 110 mil dólares. No entanto, é atualmente de apenas US$ 45 mil dólares – menos da metade.
Entre os países com patrimônio médio de US$ 25 mil a US$ 100 mil, se destacam emergentes como Chile, Uruguai, Portugal e Turquia. No Oriente, Arábia Saudita, Malásia e Coreia do Sul. A Líbia é o único país do continente africano neste grupo. A África, aliás, continua com o posto de continente com a menor riqueza acumulada.
Mesmo com o crescimento da riqueza mundial, a desigualdade social continua com índices elevados. Os 10% mais ricos do planos detêm atualmente 86% da riqueza mundial. Destes 0,7% tem posse de 41% da riqueza mundial.
Veja no gráfico abaixo a pirâmide da riqueza. Apenas 0,7% da população detém US$ 98,7 trilhões de dólares:
mapa riqueza mundial desigualdade
(Reprodução / Opera Mundi)
Os pesquisadores da Credit Suisse também fizeram uma projeção sobre o crescimento dos milionários ao redor do mundo nos próximos cinco anos. Polônia e Brasil, com 89% e 84% respectivamente, são os países que mais vão multiplicar seus milionários até 2013. No mesmo período, os EUA terão um aumento de 41% do número de milionários, o que representa cerca de 18.618 de pessoas com o patrimônio acima de 1 milhão de dólares.
Em meados deste ano, a OIT (Organização Internacional do Trabalho) divulgou um estudo sobre o crescimento da desigualdade social nos países desenvolvidos, como consequência da crise financeira.
A organização diz que o número de pobres cresceu entre 2010 e 2011 em 14 das 26 economias desenvolvidas, incluindo EUA, França, Espanha e Dinamarca. Nos mesmos países, houve forte aumento do desemprego de longa duração e a deterioração das condições de trabalho. Atualmente, o número de desempregados no mundo supera os 200 milhões.
Em contrapartida, entre os países do G20, o lucro das empresas aumentou 3,4% entre 2007 e 2012, enquanto os salários subiram apenas 2,2%.
mapa riqueza mundial desigualdade mundo
Segundo informações da imprensa europeia, na Alemanha e em Hong Kong, os salários dos presidentes das grandes empresas chegaram a aumentar 25% de 2007 a 2011, chegando a ser de 150 e 190 vezes maiores que o salário médio dos trabalhadores do país. Nos Estados Unidos, essa proporção é de 508 vezes.

América Latina

Na contramão das grandes potências, a situação econômica e social da América Latina melhorou. Entre 2010 e 2011, 57,1% da população dos países da região estava empregada, um ponto percentual a mais que em 2007, último levantamento antes da crise financeira internacional.
Em alguns países, como Colômbia e Chile, o aumento superou quatro pontos percentuais. Com o aumento do trabalho assalariado, cresceu também a classe média. Na comparação entre 1999 e 2010, a população dentro do grupo social cresceu 15,6% no Brasil e 14,6% no Equador.
No entanto, a OIT destaca que a região ainda enfrenta como desafios a desigualdade social, maior que a média internacional, e o emprego informal. A média da região é de 50%, sendo que em países mais pobres, como Bolívia, Peru e Honduras, supera os 70%.
Em todo o mundo, a organização afirma que há mais de 200 milhões de desempregados. A expectativa é que, ao final de 2015, esse número chegue a 208 milhões.
Dodô Calixto, Opera Mundi

terça-feira, 22 de outubro de 2013

OFICINA DE CARTOGRAFIA CONTINENTE AMERICANO

TRABALHOS REALIZADOS PELOS ALUNOS DO 8º ANO DA EE ERNESTO QUISSAK


Representação a partir de recortes de EVA, do relevo, clima e vegetação do Continente Americano realizada pelas alunas Maria Clara Honorato e Ana Júlia de O. Almeida. A técnica permite visualizar no mapa as  macro formas do relevo de forma tridimensional. Objetivos plenamente atingidos em termos de representação, ordenação, criatividade e principalmente compromisso com os resultados, simplesmente um excelente trabalho da dupla.



Representação a partir de sobreposição de papel vegetal do relevo, clima e vegetação do Continente Americano realizada pelos alunos Fabricio Brito Augusto, Gabriel Camargo e Ramon. A técnica permite visualizar no mapa as  macro formas do relevo de forma plana. Objetivos plenamente atingidos em termos de representação, ordenação, criatividade e principalmente compromisso com os resultados, excelente trabalho da dupla.

Representação a partir de sobreposição de papel vegetal do relevo, clima e vegetação do Continente Americano realizada pelas alunas Maria Rita Araújo França e Ana Luiza Souza. A técnica permite visualizar no mapa as  macro formas do relevo de forma plana. Objetivos plenamente atingidos em termos de representação, ordenação, criatividade, detalhamento e principalmente compromisso com os resultados, excelente trabalho da dupla.



Cartografia temática – Tudo sobre Cartografia Temática: Definição, Exemplos, Mapas, Anamorfose e mais.

1x1.trans Cartografia Temática: Definição, Exemplos, Mapas, Anamorfose e mais

Cartografia Temática é usada na elaboração de mapas temáticos e cartogramas. São convenções, símbolos e cores usadas para que haja uma melhor compreensão do tema exposto e seu espaço geográfico.

 Além de indica o fenômeno e onde ele ocorre a cartografia temática também pode através de símbolos indicar a qualidade, a quantidade e a dinâmica desses fenômeno. Para isso geralmente são usadas linhas, áreas, cores e pontos dependendo do assunto tratado. Confira alguns dos principais elementos usados:

1x1.trans Cartografia Temática: Definição, Exemplos, Mapas, Anamorfose e mais

Para representar fenômenos que têm localização isolada devem ser usados pontos. Quando a representação é qualitativa, ou seja, apresenta tipos diferentes de uma determinada informação, usamos pontos de cores e formas diferentes. Quando são ordenados, representam valores, usamos pontos de tamanhos diferentes. Confira no mapa abaixo um bom exemplo de representação  pontual:

1x1.trans Cartografia Temática: Definição, Exemplos, Mapas, Anamorfose e mais

 Para demonstrar fenômenos que tem uma tragetória usamos as linhas. Quando a representação é qualitativa, as linhas devem ser diferenciadas. Para quantidades diferentes o ideal são espessuras diferentes. Confira o exemplo de representação linear:

1x1.trans Cartografia Temática: Definição, Exemplos, Mapas, Anamorfose e mais

 Há ainda um outro modo de representar fenômenos na Cartografia temática conhecido como Anamorfose Geográfica. Nele as forma e áreas geográficas são alteradas e apresentadas de acordo com a sua importância no assunto tratado. Confira um exemplo de mapa da população mundial onde foi usada a técnica da anamorfose geográfica:

1x1.trans Cartografia Temática: Definição, Exemplos, Mapas, Anamorfose e mais

Gostou deste post? Ficou claro o que é Cartografia Temática para você?

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Termos


  • cartografia tematica
  • o que é cartografia temática
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  • cartografia tematica resumo
  • mapa anamorfose
  • anamorfose geografica

segunda-feira, 21 de outubro de 2013

SUSTENTABILIDADE

Conceito de sustentabilidade 
Sustentabilidade é um termo usado para definir ações e atividades humanas que visam suprir as necessidades atuais dos seres humanos, sem comprometer o futuro das próximas gerações. Ou seja, assustentabilidade está diretamente relacionada ao desenvolvimento econômico e material sem agredir o meio ambiente, usando os recursos naturais de forma inteligente para que eles se mantenham no futuro. Seguindo estes parâmetros, a humanidade pode garantir o desenvolvimento sustentável.




TRABALHOS DE PRODUÇÃO DE PAINEIS REALIZADOS POR ALUNOS DO 8º ANO DA EE ERNESTO QUISSAK



Ações relacionadas a sustentabilidade

- Exploração dos recursos vegetais de florestas e matas de forma controlada, garantindo o replantio sempre que necessário. 
- Preservação total de áreas verdes não destinadas a exploração econômica.
- Ações que visem o incentivo a produção e consumo de alimentos orgânicos, pois estes não agridem a natureza além de serem benéficos à saúde dos seres humanos;
- Exploração dos recursos minerais (petróleo, carvão, minérios) de forma controlada, racionalizada e com planejamento.
- Uso de fontes de energia limpas e renováveis (eólica, geotérmica e hidráulica) para diminuir o consumo de combustíveis fósseis. Esta ação, além de preservar as reservas de recursos minerais, visa diminuir a poluição do ar.
- Criação de atitudes pessoais e empresarias voltadas para a reciclagem de resíduos sólidos. Esta ação além de gerar renda e diminuir a quantidade de lixo no solo, possibilita a diminuição da retirada de recursos minerais do solo.

- Desenvolvimento da gestão sustentável nas empresas para diminuir o desperdício de matéria-prima e desenvolvimento de produtos com baixo consumo de energia.
- Atitudes voltadas para o consumo controlado de água, evitando ao máximo o desperdício. Adoção de medidas que visem a não poluição dos recursos hídricos, assim como a despoluição daqueles que se encontram poluídos ou contaminados.
Benefícios
A adoção de ações de sustentabilidade garantem a médio e longo prazo um planeta em boas condições para o desenvolvimento das diversas formas de vida, inclusive a humana. Garante os recursos naturais necessários para as próximas gerações, possibilitando a manutenção dos recursos naturais (florestas, matas, rios, lagos, oceanos) e garantindo uma boa qualidade de vida para as futuras gerações.